segunda-feira, 15 de março de 2010

Síntese Coletiva

Chamamos de cultura escolar os elementos que fazem as semelhanças entres as instituições de ensino e da finalidade de educação. A cultura escolar está tão presente que às vezes torna-se difícil, propor, aceitar e materializar ações que tragam mudanças significativas à escola.
Mesmo tendo vários elementos de proximidade as escolas se diferenciam em muitos aspectos. Chamamos essas diferenças de cultura da escola. Essa denominação compreende o cotidiano do estabelecimento de ensino e a multiplicidade de sentido que resulta em três dimensões, a da cultura escolar e das políticas de gestão escolar, a dimensão da cultura do local onde a escola esta situada e a dimensão da subjetividade dos atores. Compreendendo a organização escolar, encontra-se entrelaces entre as três dimensões que mesmo nem a priori traduz a singularidade do estabelecimento de ensino.
Para a compreensão dos por quês e os para quês da educação escolar, temos matrizes teóricas de diferentes frentes. Na teoria de Durkheim a escola e a sociedade se assemelham a um organismo vivo, onde cada órgão tem que desempenhar bem seu papel para que o organismo viva. Modo funcionalista de definir a escola. Para weber a burocracia é sinônimo de organização, o formalismo na comunicação, a exigência de normas, a impessoalidade nas relações e etc. representam uma estrutura hierárquica de autoridade na organização. Onde o desempenho só é atingido pela divisão metódica do trabalho. Sendo assim as teorias funcionalistas e materialistas se completam. Em contraponto a essas visões, exista a chamada visão reprodutivista ou cri tico que recebe essa denominação por criticara as teorias conversadoras e afirmar, com base na teoria de Marx que a escola tem um papel fundamental á reprodução da ideologia burguesa, desmistificando a imagem da educação como um fator determinante de equalização e de mobilidade social.
Uma outra maneira de pensar a escola é vê-la como um lugar de luta e resistência das formas dominantes de organizar a sociedade. As chamadas pedagogias critica e da resistência são partes de um conjunto de criticas construídas em torno, principalmente das teorias da reprodução social. Dentro desse parâmetro podemos citas os autores Henry Giroux e Michel Appel. Eles vêem a escola como uma instituição inserida na sociedade capitalista e que, como tal, contem em seu interior as mesmas determinações e contradições encontradas na sociedade e em suas instituições.
A ainda uma outra concepção que identifica a escola como um espaço sociocultural. Reconhecendo os múltiplos sentidos presentes no cotidiano escolar, frutos das interações que ocorrem entre os diferentes atores, cada um deles com interesses, experiências e maneiras diversas de olhar o mundo. Sem esquecer de que a escola esta inserida em um contexto sociocultural maior, portanto essa identidade que cada estabelecimento de ensino constrói para si é constituída com base na combinação de varias dimensões: da instituição, do cotidiano, do contexto, da arquitetura.
Cada período histórico identifica a existência de diferentes finalidades para escola, por exemplo: No período que inicia os séculos VII e VIII da Era Cristã que termina no fim do século XIV, a escola tinha como finalidade exclusiva a transmissão da doutrina crista. No período clássico tinha o objetivo de socialização do individuo. Essas finalidades não se esgotaram com o fim de cada um desses e de outros períodos da historia elas tem extensão em outros períodos e ainda hoje impregnam nosso imaginário sobre as finalidades da escola.
No Brasil o processo de estudo superior é muito recente. No período do império houve tentativas de se legislar sobre a educação. A educação primaria se tornou regular em 1827. Em 1934 definitivamente a educação foi incluída como direito do cidadão, gratuita e obrigatória, sendo garantido os recursos públicos para financiá-la. Nessa mesma década, foi criado o Ministério de Educação e Saúde Publica e inaugurou-se o Conselho Nacional de Educação.


Ana Paula Buratto
Renata Scheleder
Leimar Michele Puton
Jussiani Marquezotti Ramos

sexta-feira, 12 de março de 2010

Cultura escolar e Cultura da escola

Os conceitos de Cultura Escolar e Cultura da Escola são de grande importância para compreender como se precede o estabele¬cimento de ensino e como este é formado cotidiana¬mente, em razão das interações sociais e afetivas que ocor¬rem no interior das escolas.
A primeira diz respeito a similitude, ou seja, todas as escolas se parecem, pois têm mais elementos que as assemelham do que as diferenciam, começando pela sua estrutura física, construiu-se em termos de concepções teóricas e políticas sobre a Instituição Escolar, as quais fazem parte do imaginário coletivo que tem com relação à configuração de seu conteúdo curricular e arquitetônico, e por essa compreensão é que se tem a imensa dificuldade em propor, aceitar e materializar ações que tragam mudanças significativas para esta Instituição, logo numa escola pode-se perceber claramente que cada um tem um dever a cumprir, seja diretor, professor ou aluno. Entretanto, para entender melhor essa concepção de cultura escolar é preciso identificar as matrizes teóricas das principais concepções construídas sobre a função da escola e refletir sobre as permanências dessas concepções na Organização Escolar.
A Cultura da Escola, por sua vez, denomina-se a diferenciação, pois apesar de se parecerem, possuem elementos que as diferenciam entre si, isto é, os estabelecimentos de ensino possuem identidade própria que, portanto, se relaciona às singularidades que expressam identidades diferenciadas, isto é, apesar da escola parecer igual fisicamente e seguir praticamente as mesmas leis que a regem, sempre existe algo diferente que caracteriza essa escola. Portanto, a Cultura da Escola compreende o cotidiano do estabelecimento de ensino, produzindo entrelaçamento de múltiplos fatores, entre eles a dimensão da cultura escolar, dimensão do contexto histórico, geográfico, social e cultural da população de seu entorno, além daqueles relacionados às subjetividades dos atores que dela fazem parte.
As diferentes perspectivas construídas sobre as finalidades da escolarização foram criadas de acordo com cada comunidade que participa da escola, sendo ela comunidade indígena, comunidade criada no interior da cidade e até mesmo nas cidades grandes. Essas perspectivas formam a compreensão que temos sobre o porquê e o para quê da educação escolar, os quais, no cotidiano da sua organização, entram em conflito e impõem limites ao seu projeto político e pedagógico. Assim, mesmo a escola tendo suas similaridades entre si, sempre vamos perceber as diferenças, pois cada escola tem sua cultura social.
A escola é um campo de visão que a identificam um espaço so¬ciocultural. Entretanto, quando se fala em diferenças, não se deve relacionar somente a escola, mas também ao modo de ensino em que ela oferece. Sabe-se que a educação é identificada por três grandes períodos, em que o primeiro, é a finalidade da escola ser voltava exclusivamente à transmissão do cristianismo, o segundo, em que a escola tinha como função a so¬cialização dos indivíduos, e o terceiro período, que ainda hoje vigora, denominado período tecnicista, dá-se início à universalização da escola e a finalidade da educação escolar se volta para a disseminação de saberes técnicos e científi¬cos. Porém, a universalização da escolarização no Brasil começou muito tarde comparada com outros paises, tornando-se necessária somente quando ocorreu a expansão industrial. Antigamente, a educação não era obrigatória, e os estudos acabavam cedo, os modos de ensino era diferente, mas atualmente a educação é incluída como direito do cidadão, gratuita e obriga¬tória.
Todas as escolas que freqüentei até hoje eram muito parecidas, tinham salas de aulas, banheiros, diretoria, espaço para recreação etc. Tive minhas experiências em escola particular até a 5ª série, lá as leis eram rigorosas, o uniforme, por exemplo, era obrigatório, tinha horário para entrar e sair. Depois resolvi mudar para a escola estadual, e lá observei algumas diferenças, começando pelo uso de uniformes, como nem todos tinham a condição de comprar um, não era obrigatório o uso. Entrava nas aulas a hora que quisesse, mas isso não significava que a escola era desorganizada. Logo após passei a estudar numa outra cidade, no qual pode perceber mais diferenças, pois essa diferença não ocorria somente de escolas particulares para estaduais, mas também de cada cidade. Nessas mudanças tive algumas dificuldades, entretanto isso não afetou o modo de aprender. Em seguida, vem a universidade, que também tem seu jeito particular de ensinar. Em toda essa trajetória, vi como as escolas são diferentes, cada uma com sua cultura, mas também vi suas semelhanças, em suas leis e estrutura.

Ana Paula Buratto

quinta-feira, 11 de março de 2010

Meu inicio na caminhada escolar iniciou muito cedo com 2 anos freqüentava uma creche particular em minha cidade, na qual por dois anos guardo relações de muito afeto e carinho, lembro-me que era em uma casa, onde as salas eram aconchegantes, havia muito brinquedos no chão, sala de televisão e berçário, porem era um lugar onde a prioridade era o cuidado, não o desenvolvimento motor da criança, os banheiros não eram adaptados e os profissionais eram sem especialização.
Após este período estudei em mais 3 colégios até o ensino médio, o ensino fundamental a escola era pequena, com salas e carteiras individuais, havia quadro e poucas salas de recurso, era utilizado material didático, havia uma quadra externa e um parque sem grama, sem areia, sem contato com natureza, o modelo aplicado nesta escola era tradicional o “B-A-BA”, havia uma diretora, uma coordenadora geral e uma secretaria, na sala haviam uma professora e uma auxiliar a cada duas turmas. No ensino médio a escola era diferente com grandes salas, multimídias, sala de recursos, laboratórios, cantina, estrutura pedagógica, secretarias, coordenação separada para cada turma e diretor geral, a tecnologia era muito diferenciada, tínhamos acesso a computadores, os boletins já eram eletrônicos e muitas informações eram não mais enviadas pelo papel e sim pelo computador (internet), os professores deste período deixaram grandes marcas, uma delas foi a minha decisão de ser professora também, passando a cursar pedagogia, porem não lembro de participar de interesse e decisões da escola, então a parte de organização escolar neste período ficou vago.
Hoje leciono em uma turma de 17 alunos, de 4 a 5 anos, e a estrutura onde trabalho é muito legal, temos sala com carteiras que possibilitam trabalhar em grupo e individual, parque grande, área verde, brinquedoteca, banheiros para cada faixa etária, cozinha para realizar culinária com as crianças, piscina, cinema e quadra de esporte, uma diretora para toda a escola , e coordenações são separadas, hoje temos 90 crianças e uma coordenadora, trabalhamos com reuniões semanais, onde o interesse é levar a criança a construir, então desde alfabeto, calendário , musicas , poesias e parlendas são construídas junto com eles, trabalhamos bastante o lúdico e através das brincadeiras obtemos aprendizado.
A interação com os pais é grande, eles têm acesso às salas, e num pequeno período conseguem visualizar a aula em casa através de um programa.
Realizando a relação da escola onde estudei para a qual estou trabalhando existe varias diferenças na organização estrutural e também pedagógica podendo perceber que os objetivos e métodos foram mudados, assim como a estrutura e a tecnologia, porem penso que as marcas deixadas pela escola podem afetar positivamente e negativamente, então a responsabilidade é muito grande, pois podemos influenciar fazendo com que seja um ambiente prazeroso ou obrigação.
RENATA SCHELEDER

domingo, 7 de março de 2010

"Todas as escolas se parecem"

Inicialmente digo que “aparentemente, todas as escolas se parecem”, na minha experiência de aluna, desde o início, do primeiro contato com a escola observei um novo mundo por de trás daquela salinha minúscula que se chamava “sala de aula” havia carteiras e cadeiras um pouco velhas e desgastadas, um quadro negro, uma caixinha de giz, apagador e uma bela moça de jaleco, que me pegou pela mão e me fez descobrir um novo mundo, cheio de letras e conhecimentos, a partir daquele momento a escola faria parte da minha vida como estudante. Depois de alguns poucos anos mudei de escola, uma nova escola, com um enorme portão, muros altos todos pintados por alunos e muitas salas de aulas, uma do lado da outra, o espaço era pequeno para tantas salas que havia mais um andar para comportar mais salas. Desta vez a minha sala de aula tinha carteiras e cadeiras novinhas, era grande e espaçosa, o quadro negro também era enorme, havia também como na antiga giz e apagador e desta vez uma bela senhora com jaleco. Em ambas as escolas tudo era parecido, o caminho a ser percorrido por elas também era o mesmo, o de ensinar, de preencher todos aqueles alunos com conhecimento que quase nunca tem fim. O que se percebe é que praticamente todas as escolas são parecidas em suas estruturas físicas, algumas melhores cuidadas outras não, mais o que talvez tenha diferenciado a minha vivência nestas duas escolas citadas fora a convivência com a equipe profissional da mesma, na primeira havia contato apenas com a professora de sala, pouco me lembro do restante da equipe pedagógica e administrativa. Já na outra escola havia um maior contato com estes profissionais, desde o porteiro da escola até a diretora, que guardava meu nome com carinho e que volta e meia passeava pelo pátio na hora do recreio para conversar com os alunos, nesta segunda escola o ambiente era mais parecido com o familiar.

Leimar Michele Puton

Experiências Escolares

Com base no livro texto, conclui-se que a escola é um lugar onde todas as formas de aprendizagem podem ser consideradas, pois participa de um processo social muito amplo, traz a educação como instrumento, atuando no processo de “distribuição” do conhecimento.
Minhas experiências escolares iniciam-se na minha capacitação em ler e escrever, me tornando apta a conviver em sociedade, me inteirar de outras e novas culturas, fazer cultura, me relacionar em grupo, pensar em grupo e ao mesmo tempo formar uma identidade própria, ampliando os métodos de processo do meu desenvolvimento. A escola com seus direitos e deveres deste a infância disciplina de forma qual o aluno consiga ter autonomia em sua disciplina e organização dentro e fora da sala de aula, me tornando uma cidadã desde os primeiros anos escolares.
Os objetivos escolares na formação de estudantes capacitados e aptos para uma sociedade que continua se desenvolvendo são os mesmo, conservando também suas políticas, sua cultura escolar e hierarquia. As diferenças se encontram na cultura individual de cada escola com sua geografia social, cultural seus educadores, educandos familiares e toda a população que se encontra em torno dela.

Jussiani Marquezotti Ramos
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