sexta-feira, 12 de março de 2010

Cultura escolar e Cultura da escola

Os conceitos de Cultura Escolar e Cultura da Escola são de grande importância para compreender como se precede o estabele¬cimento de ensino e como este é formado cotidiana¬mente, em razão das interações sociais e afetivas que ocor¬rem no interior das escolas.
A primeira diz respeito a similitude, ou seja, todas as escolas se parecem, pois têm mais elementos que as assemelham do que as diferenciam, começando pela sua estrutura física, construiu-se em termos de concepções teóricas e políticas sobre a Instituição Escolar, as quais fazem parte do imaginário coletivo que tem com relação à configuração de seu conteúdo curricular e arquitetônico, e por essa compreensão é que se tem a imensa dificuldade em propor, aceitar e materializar ações que tragam mudanças significativas para esta Instituição, logo numa escola pode-se perceber claramente que cada um tem um dever a cumprir, seja diretor, professor ou aluno. Entretanto, para entender melhor essa concepção de cultura escolar é preciso identificar as matrizes teóricas das principais concepções construídas sobre a função da escola e refletir sobre as permanências dessas concepções na Organização Escolar.
A Cultura da Escola, por sua vez, denomina-se a diferenciação, pois apesar de se parecerem, possuem elementos que as diferenciam entre si, isto é, os estabelecimentos de ensino possuem identidade própria que, portanto, se relaciona às singularidades que expressam identidades diferenciadas, isto é, apesar da escola parecer igual fisicamente e seguir praticamente as mesmas leis que a regem, sempre existe algo diferente que caracteriza essa escola. Portanto, a Cultura da Escola compreende o cotidiano do estabelecimento de ensino, produzindo entrelaçamento de múltiplos fatores, entre eles a dimensão da cultura escolar, dimensão do contexto histórico, geográfico, social e cultural da população de seu entorno, além daqueles relacionados às subjetividades dos atores que dela fazem parte.
As diferentes perspectivas construídas sobre as finalidades da escolarização foram criadas de acordo com cada comunidade que participa da escola, sendo ela comunidade indígena, comunidade criada no interior da cidade e até mesmo nas cidades grandes. Essas perspectivas formam a compreensão que temos sobre o porquê e o para quê da educação escolar, os quais, no cotidiano da sua organização, entram em conflito e impõem limites ao seu projeto político e pedagógico. Assim, mesmo a escola tendo suas similaridades entre si, sempre vamos perceber as diferenças, pois cada escola tem sua cultura social.
A escola é um campo de visão que a identificam um espaço so¬ciocultural. Entretanto, quando se fala em diferenças, não se deve relacionar somente a escola, mas também ao modo de ensino em que ela oferece. Sabe-se que a educação é identificada por três grandes períodos, em que o primeiro, é a finalidade da escola ser voltava exclusivamente à transmissão do cristianismo, o segundo, em que a escola tinha como função a so¬cialização dos indivíduos, e o terceiro período, que ainda hoje vigora, denominado período tecnicista, dá-se início à universalização da escola e a finalidade da educação escolar se volta para a disseminação de saberes técnicos e científi¬cos. Porém, a universalização da escolarização no Brasil começou muito tarde comparada com outros paises, tornando-se necessária somente quando ocorreu a expansão industrial. Antigamente, a educação não era obrigatória, e os estudos acabavam cedo, os modos de ensino era diferente, mas atualmente a educação é incluída como direito do cidadão, gratuita e obriga¬tória.
Todas as escolas que freqüentei até hoje eram muito parecidas, tinham salas de aulas, banheiros, diretoria, espaço para recreação etc. Tive minhas experiências em escola particular até a 5ª série, lá as leis eram rigorosas, o uniforme, por exemplo, era obrigatório, tinha horário para entrar e sair. Depois resolvi mudar para a escola estadual, e lá observei algumas diferenças, começando pelo uso de uniformes, como nem todos tinham a condição de comprar um, não era obrigatório o uso. Entrava nas aulas a hora que quisesse, mas isso não significava que a escola era desorganizada. Logo após passei a estudar numa outra cidade, no qual pode perceber mais diferenças, pois essa diferença não ocorria somente de escolas particulares para estaduais, mas também de cada cidade. Nessas mudanças tive algumas dificuldades, entretanto isso não afetou o modo de aprender. Em seguida, vem a universidade, que também tem seu jeito particular de ensinar. Em toda essa trajetória, vi como as escolas são diferentes, cada uma com sua cultura, mas também vi suas semelhanças, em suas leis e estrutura.

Ana Paula Buratto

3 comentários:

  1. Muito bom o seu texto, a cultura é algo construído seja a escolar ou a da escola. Por mais que as instituições tentem engessar a participação dos seres humanos, estes mesmo constituem uma força transformadora. O bom seria que esta força transformadora fosse para o bem comum.

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